segunda-feira, 30 de abril de 2012

'Demora no atendimento provoca morte de bebê', diz família de MG


A família de uma jovem de 22 anos de Nova Serrana, no Centro-Oeste do estado, alega que a demora no atendimento pode ter provocado a morte de um bebê. Juliete Horácio Silva, que estava de sete meses de gestação, procurou a maternidade do Hospital São José no último fim de semana, depois de sentir fortes contrações. Como a maternidade está desativada desde o último dia 25 de abril, os pacientes eram transferidos para hospitais da região. Contudo, a jovem, que chegou à unidade às 2h de sábado (28), aguardou por uma vaga em algum hospital próximo da cidade dela, mas 27 horas depois o bebê nasceu em um quarto comum do Pronto Socorro. Para a surpresa da mãe, a criança estava morta.
“Eu senti ele mexer na minha barriga antes de entrar no hospital. Me deixaram lá. Eu chamava e falava que estava com dor e eles diziam que não tinha jeito de fazer nada. Eles diziam que eu tinha era que esperar a vaga ”, desabafou Juliete. De acordo com o secretário de Saúde, Marcelo Batista Freitas, a morte da criança não foi consequência de erros médicos e a criança já nasceu morta.
No Pronto Socorro de Nova Serrana os pacientes reclamam que não há estrutura adequada para atender a população. Somente na tarde desta segunda-feira (30), cerca de 60 pessoas aguardavam atendimento, entre elas, três gestantes.
“Eu preciso de um encaminhamento para fazer a minha cesária fora daqui, já que a maternidade está fechada", disse Claudete Moreira da Silva.
E não são apenas as grávidas que reclamam do atendimento. “Minha filha chegou vomitando e não foi atendida. Chegamos aqui às 8h da manhã", falou Luiz Carlos Souza.
A esposa de Edson Geraldo Rodrigues também não foi atendida. “Ela está grávida de sete meses, está esperando atendimento desde cedo e, até agora, o médico não a olhou. Ela tá sentindo contração e eles só pedem paciência", reclamou o sapateiro Edson Geraldo Rodrigues.
De acordo com o secretário de Saúde, Marcelo Batista Freitas, a maternidade do Hospital São José foi interditada no dia 25 de abril por falta de sangue. A geladeira que armazenava o banco de sangue do hospital estragou e, por isso, não era possível manter o estoque para urgência e emergência. Ainda segundo o secretário, durante a interdição da maternidade, em caso de urgência, as gestantes estão sendo transferidas para Bom Despacho, Pitangui ou Pará de Minas também no Centro-Oeste.
Sobre a morte do bebê, o secretário alega que não foi consequência de erros médicos e nem falta de estrutura e que a criança já nasceu morta. O secretário informou ainda que a previsão é que até a próxima quarta feira (2) a situação esteja normalizada. As informações são do G1.

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