quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Brasil encerra freguesia olímpica com Argentina e vai à semifinal



Incontestável nas últimas décadas em questões de títulos e campanhas, a Seleção Brasileira masculina de vôlei encerrou nesta quarta-feira um dos tabus mais incômodos da história da modalidade. Em confronto válido pelas quartas de final da Olimpíada de Londres, a equipe nacional venceu a Argentina por 3 sets a 0, parciais de 25/19, 25/17 e 25/20, e quebrou uma sequência de três derrotas consecutivas para a arquirrival em edições olímpicas.

O triunfo na capital do Reino Unido é o primeiro do Brasil sobre o adversário em fases decisivas de competição. Além dos dois duelos em Atlanta (vitória argentina na primeira fase e brasileira no playoff para definir o quinto lugar), os dois vizinhos se encontraram duas vezes, e em ambas o país rival saiu com a vitória: quartas de final em Sydney 2000, quando surpreendeu, e na disputa do bronze em Seul 1988.

Garantido na disputa direta pela medalha, o Brasil aguarda o vencedor do confronto entre Estados Unidos, que decretou a única derrota do time de Bernardinho na primeira fase, e Itália, justamente a seleção superada pelos brasileiros na decisão olímpica de Atenas, em 2004. Os dois times se enfrentam ainda nesta quarta-feira.

Carregando o peso das derrotas decisivas para o arquirrival em jogos decisivos, a Seleção Brasileira entrou impondo pressão sobre o adversário. Bem no saque e na defesa, a equipe comandada por Bernardinho rapidamente assumiu o controle da partida e não encontrou problemas para abrir vantagem na partida. Em apenas 25 minutos de duelo, o time nacional aplicou um placar de 25 a 19 e espantou a pressão pelo retrospecto ruim.

Apesar do triunfo tranquilo, o primeiro set trouxe uma notícia ruim para a Seleção Brasileira. Titular absoluto na formação de Bernardinho em Londres, o oposto Leandro Vissotto sentiu uma lesão e deixou a quadra chorando. Depois de reclamar de um problema na coxa durante o aquecimento, o jogador caiu no chão no momento de um ataque e deixou a quadra, não retornando até o final do compromisso e preocupando a comissão técnica para a semifinal.

Mesmo sem contar com Vissotto, uma das grandes opções de ataque para Bruninho, o Brasil não encontrou problemas para abrir 2 a 0 na partida diante dos rivais. Superior tecnicamente ao rival, a equipe de Bernardinho demorou apenas 24 minutos para registrar 25 a 17 no marcador e se aproximar do resultado positivo e da vaga.

A diferença tranquila não modificou o comportamento da Seleção Brasileira no terceiro set. Agressivo no saque e eficiente na defesa e contra-ataque, o time, atual vice-campeão olímpico, controlou o ritmo de partida e não permitiu qualquer chance de reação aos comandados de Javier Weber. Triunfo de 25 a 19, em novos 24 minutos de jogo, e fim do incômodo retrospecto contra o país vizinho em Jogos Olímpicos.

Terra

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