domingo, 30 de junho de 2013

Luxa sai após quase 500 dias e não quebra recorde de Mano no Grêmio

Vanderlei Luxemburgo poderia se tornar o técnico com maior longevidade no comando técnico do Grêmio neste século. Poderia. Não aconteceu. Na manhã deste sábado, acabou demitido, 18 meses antes do fim do seu contrato, renovado em novembro do ano passado por mais dois anos. Assim, o que poderia se tornar uma relação duradoura de até 2 anos e 10 meses, reduziu-se a menos da metade, com apenas 1 ano e 4 meses.
Vanderlei Luxemburgo orienta time do Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Ainda assim, fica atrás apenas de dois treinadores em tempo de permanência no cargo: Mano Menezes e Tite, desde o início dos anos 2000. O ex-técnico da seleção brasileira, aliás, é o recordista dos últimos anos. Permaneceu dois anos e sete meses no Olímpico, entre 2005 e 2007, sendo bicampeão gaúcho, campeão da Série B e vice da Libertadores.
Tite, por sua vez, trabalhou por dois anos e seis meses. A seu favor, no entanto, pesa a conquista da última taça de expressão nacional do clube, a Copa do Brasil de 2001. O atual técnico do Corinthians permaneceu em Porto Alegre até 2003.
TécnicoDuraçãoAno
Tite2 anos e 6 meses2001 a 2003
Dario Pereira1 mês2003
Nestor Simionatto1 mês2003
Adilson Batista10 meses2003 a 2004
José Luís Plein3 meses2004
Cuca1 mês e meio2004
Cláudio Duarte2 meses2004
Hugo de León4 meses2005
Mano Menezes2 anos e 7 meses2005 a 2007
Vagner Mancini2 meses2008
Celso Roth1 ano e 2 meses2008 a 2009
Paulo Autuori6 meses2009
Silas9 meses2010
Renato Gaúcho11 meses2010 a 2011
Julinho Camargo1 mês2011
Celso Roth4 meses2011
Caio Júnior2 meses2012
Luxemburgo1 ano e 4 meses2013
Durante o século XXI, além dos três nomes já citados, somente um quarto ultrapassou a marca de um ano - alguns mal completaram um ou dois meses de trabalho. Celso Roth treinou o Grêmio por 1 ano e 2 meses em sua primeira passagem do clube no período em questão (voltaria em 2011, pela quarta vez). Desde 2001, 18 técnicos trabalharam no Grêmio - incluindo, aí, a participação de Luxa.
Despedida sem taças
Luxemburgo se despediu de Porto Alegre neste sábado deixando em seu histórico um aproveitamento de 64,8%, com 52 vitórias, 21 empates e 18 derrotas em 91 jogos. Não conquistou, por sua vez, nenhum título ao longo dos 495 dias em que esteve no comando do Grêmio. Apresentado em 23 de fevereiro de 2012, teve como maior trunfo um terceiro lugar no Brasileirão, que lhe rendeu uma vaga à Libertadores.
Em todas as competições de mata-mata que participou teve insucessos. Não chegou às decisões dos Gauchões ocorridos nos dois anos (disputada entre Inter e Caxias, em 2012, e vencida pelo Inter sem a necessidade de uma finalíssima em 2013).
Caiu na semifinal da Copa do Brasil 2012 para o Palmeiras e deixou escapar a vaga à semi da Copa Sul-Americana do mesmo ano no minuto final diante do Millonarios. Em 2013, ainda amargou uma eliminação nas oitavas de final da Libertadores, o grande projeto do ano, contra o Santa Fé.
Ao Grêmio, agora, resta as disputas do Brasileirão e da Copa do Brasil para tentar garantir um título neste ano. 
Globo Esporte

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