Vanderlei Luxemburgo poderia se tornar o técnico com maior longevidade no comando técnico do Grêmio neste século. Poderia. Não aconteceu. Na manhã deste sábado, acabou demitido, 18 meses antes do fim do seu contrato, renovado em novembro do ano passado por mais dois anos. Assim, o que poderia se tornar uma relação duradoura de até 2 anos e 10 meses, reduziu-se a menos da metade, com apenas 1 ano e 4 meses.
Ainda assim, fica atrás apenas de dois treinadores em tempo de permanência no cargo: Mano Menezes e Tite, desde o início dos anos 2000. O ex-técnico da seleção brasileira, aliás, é o recordista dos últimos anos. Permaneceu dois anos e sete meses no Olímpico, entre 2005 e 2007, sendo bicampeão gaúcho, campeão da Série B e vice da Libertadores.
Tite, por sua vez, trabalhou por dois anos e seis meses. A seu favor, no entanto, pesa a conquista da última taça de expressão nacional do clube, a Copa do Brasil de 2001. O atual técnico do Corinthians permaneceu em Porto Alegre até 2003.
Técnico | Duração | Ano |
---|---|---|
Tite | 2 anos e 6 meses | 2001 a 2003 |
Dario Pereira | 1 mês | 2003 |
Nestor Simionatto | 1 mês | 2003 |
Adilson Batista | 10 meses | 2003 a 2004 |
José Luís Plein | 3 meses | 2004 |
Cuca | 1 mês e meio | 2004 |
Cláudio Duarte | 2 meses | 2004 |
Hugo de León | 4 meses | 2005 |
Mano Menezes | 2 anos e 7 meses | 2005 a 2007 |
Vagner Mancini | 2 meses | 2008 |
Celso Roth | 1 ano e 2 meses | 2008 a 2009 |
Paulo Autuori | 6 meses | 2009 |
Silas | 9 meses | 2010 |
Renato Gaúcho | 11 meses | 2010 a 2011 |
Julinho Camargo | 1 mês | 2011 |
Celso Roth | 4 meses | 2011 |
Caio Júnior | 2 meses | 2012 |
Luxemburgo | 1 ano e 4 meses | 2013 |
Durante o século XXI, além dos três nomes já citados, somente um quarto ultrapassou a marca de um ano - alguns mal completaram um ou dois meses de trabalho. Celso Roth treinou o Grêmio por 1 ano e 2 meses em sua primeira passagem do clube no período em questão (voltaria em 2011, pela quarta vez). Desde 2001, 18 técnicos trabalharam no Grêmio - incluindo, aí, a participação de Luxa.
Despedida sem taças
Luxemburgo se despediu de Porto Alegre neste sábado deixando em seu histórico um aproveitamento de 64,8%, com 52 vitórias, 21 empates e 18 derrotas em 91 jogos. Não conquistou, por sua vez, nenhum título ao longo dos 495 dias em que esteve no comando do Grêmio. Apresentado em 23 de fevereiro de 2012, teve como maior trunfo um terceiro lugar no Brasileirão, que lhe rendeu uma vaga à Libertadores.
Em todas as competições de mata-mata que participou teve insucessos. Não chegou às decisões dos Gauchões ocorridos nos dois anos (disputada entre Inter e Caxias, em 2012, e vencida pelo Inter sem a necessidade de uma finalíssima em 2013).
Caiu na semifinal da Copa do Brasil 2012 para o Palmeiras e deixou escapar a vaga à semi da Copa Sul-Americana do mesmo ano no minuto final diante do Millonarios. Em 2013, ainda amargou uma eliminação nas oitavas de final da Libertadores, o grande projeto do ano, contra o Santa Fé.
Ao Grêmio, agora, resta as disputas do Brasileirão e da Copa do Brasil para tentar garantir um título neste ano.
Globo Esporte
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