O fim do instigante Jim Morrison
"This is the end / Beautiful friend / This is the end / My only
friend, the end / Of our elaborate plans, the end / Of everything that stands,
the end / No safety or surprise, the end / I'll never look into your
eyes...again / Can you picture what will be / So limitless and free /
Desperately in need...of some...stranger's hand / In a...desperate land ?"
Jim Morrison - The Doors
Embora muito ainda se especule a respeito das
reais circunstâncias da morte do vocalista do The Doors - se por overdose no
banheiro de uma casa noturna ou vítima de um ataque cardíaco em sua banheira,
no dia 3 de julho de 1971, a trajetória de Jim Morrison, 27 anos, chegava ao
fim.
Jim Morrison nunca precisou de convite para
incendiar em completo delírio as platéias que urravam de excitação e prazer
diante do carisma desafiador no palco. Pioneiro do rock teatral, definido como
feiticieiro, xamã, James Joyce pop, Dionísio surfista, Adonis hippie, entre
tantos outros conceitos emitidos por críticos e estudiosos perplexos com sua
personalidade, é um dos grandes mitos do rock anos 60.
Em cinco anos de uma instigante carreira à
frente do The Doors, deixou um legado musical em sete álbuns, um deles ao vivo,
e outras coletãneas, lançadas após sua morte.
The Doors era um conjunto diferente no cenário
rock. Sua origem era Los Angeles, mas preicasmente a praia Venice, um dos
berços do movimento hippie, ao lado de Hieght Ashbury na vizinha San Francisco.
Seus componentes tinham background intelectual pouco usual, até então. Jim
devorava Nietzsche, Rimbaud, Norman Brown. Sua cabeça explodiu com autores que
desencadearam a beat generation, como Jack Kerouac, com seu On the Road, e o
psicodelimsmo como Allen Ginsberg. A fascinação pelo não sabido, acabou dando
nome ao grupo.
Existe o conhecido e o desconhecido, entre os
dois existe a porta. Jim quis liderar esse elo de comunicação juntando As
portas da Percepção, de Aldous Huxley, com William Blake. A ele se aliaram os
universitários estudantes de filosofia transcedental: Ray Manzarek, tecladista,
e John Densmore, baterista. Mais tarde, apareceu outro estudante de meditação,
Robby Kneger, guitarrista. Formava-se assim a base para as loucuras de
Morrison.
Nos primeiros anos, com o explodir da era
psicodélica, enguliu doses de LSD com cerveja em intermináveis viagens que
inspiravam frases rabiscadas em cadernos de nota, futuros versos de música:
"Open the doors of perception, break on thru the other side, take the
highway to the end of night, visit weird scenes inside the gold mine".
Nessa época também consumia grande quantidade outras drogas. O álcool era
consumido da hora qye acordava à hora que desmaiava num a quase coma alcoólica.
Era nesse estágio que expressava seu talento de maneira desordenada. Fascinado
por literatura, cinema, tentou fazer vários filmes como ator, mas desistiu após
o incidente em Miami, quando embriagado, acabou preso acusado fazer de atos
obscenos durante um show, quando tentou ainda causar instigar a platéia contra
a polícia: Desde então, só queriam dele o papel de astro do rock protagonista
de escândalos em público.
Foi o começo do fim. O temor de novos
rompantes motivados por seu temperamento intempestivo fez com uma série de
shows fosse cancelada, diminuindo consideravelmente o ritmo de trabalho do
grupo. Foi o suficiente para que Jim mergulhasse cada vez mais fundo ao submundo
das drogas.
LUIZ MÁXIMO
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