quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Operários mortos no Itaquerão são enterrados em Limeira e Caucaia (CE)

Os dois operários mortos no acidente em que um guindaste caiu nas obras do estádio do Corinthians, em São Paulo, foram enterrados nesta quinta-feira, um dia após a tragédia. 
O funeral de Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos, foi em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza (CE) e o de Fábio Luiz Pereira, em Limeira, no interior paulista, e teve as presenças no Cemitério Parque do ex-presidente do clube, Andrés Sanchez, e também de representantes de torcidas organizadas.
Designado pelo Corinthians como responsável pelo Itaquerão, Andrés Sanchez estava no canteiro de obras do estádio quando aconteceu o acidente na quarta-feira. Natural de Limeira, Fábio Luiz Pereira tinha 42 anos e era casado. Ele torcia para o Palmeiras, mas virou corintiano por causa de suas três filhas, que estão com 21, 19 e 9 anos. "Ele tinha orgulho de trabalhar na obra do estádio. Ele e as filhas são torcedores fanáticos do Corinthians", contou uma vizinha do operário na cidade do interior paulista, Neide Antunes, de 43 anos.
Fábio Luiz Pereira era operador de um dos dois caminhões munck que a BHM Transportes, de Limeira, ainda mantinha na obra do Itaquerão. A empresa presta serviços para a construtora Odebrecht, responsável pela construção do estádio, e o contrato estava na fase final - a previsão era de que a arena corintiana fosse finalizada até o final de dezembro, dentro do prazo da Fifa. Ele trabalhava há dez anos na mesma firma. Passava a semana em São Paulo, morando no alojamento da empresa, e nos finais de semana voltava para casa em Limeira. "A maneira como ele morreu deixou todos em casa em choque", disse a filha mais velha de Fábio Luiz, Karen.
O enterro de Ronaldo Oliveira dos Santos, que tinha 44 anos e trabalhava como montador das cadeiras dos camarotes do Itaquerão, aconteceu no final da tarde desta quinta-feira, no cemitério de Sítios Novos, em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza (CE). Sob forte comoção, o enterro em Caucaia foi acompanhado por dezenas de familiares e curiosos. Até o prefeito da cidade, Washington Luiz de Oliveira Góis (PRB), que era primo de Ronaldo, foi ao cemitério. "Era uma pessoa trabalhadora, que teve esta fatalidade, e estamos aqui para dar os pêsames à família", disse o prefeito, que decretou luto oficial de três dias no município.
O secretário de Patrimônio, Serviços Públicos e Transportes de Caucaia, Deuzinho Filho, contou que Ronaldo era uma pessoa bastante querida da família, que foi tentar a sorte em São Paulo. "Era um trabalhador que até torcia pelo Corinthians e quis o destino que morresse na construção do estádio do Timão. Lamentamos muito a morte dele, principalmente do modo como aconteceu", afirmou. Os familiares mais próximos de Ronaldo não quiseram dar entrevistas e acompanharam todo o funeral com expressão de muita dor pela perda do parente.  As informações são do Estadão.

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