"Visto a camisa mesmo", disse Tite, de camisa preta, como um bom corintiano. O alvinegro caiu tão bem no técnico que comandou o Corinthians pela última vez no Pacaembu na noite de sábado, no empate sem gols com o Internacional, que ele já não consegue mais se imaginar no vestiário ou no banco de reservas visitante do estádio municipal.
"É muito difícil jogar contra pessoas que você quer bem. Será complicado se eu tiver de enfrentar o Corinthians. Se isso acontecer... Se puder, eu evito. Falo isso por respeito ao sentimento do torcedor", comentou Tite, ainda no calor da emoção das inúmeras homenagens que recebeu no Pacaembu.
Pelo menos no começo de 2014, o confronto com o Corinthians não ocorrerá. Tite já anunciou que não conseguirá se desvincular do clube pelo qual foi campeão paulista, brasileiro, sul-americano e mundial tão facilmente a ponto de se transferir para uma equipe brasileira de imediato.
"Vou descansar um pouco com a minha esposa. Também quero ficar em Caxias, com a família. Em termos profissionais, tenho o objetivo de aprender um pouco com o Zagallo e o Bianchi. Quero ouvir esses dois. Estou buscando os contatos deles", avisou Tite, que estuda propostas do exterior e anima-se com a vaga que pode se abrir na seleção brasileira após a Copa do Mundo de 2014.
De qualquer forma, se voltar a trabalhar no Brasil, Tite poderá se apegar a exemplos de sua própria trajetória para um eventual embate com o Corinthians. O técnico já defendeu os rivais Grêmio e Internacional em Porto Alegre, como gosta de lembrar, além de ter passado pelo Palmeiras em 2006.
"Respeito muito os clubes em que trabalho. Quando visto a camisa, é dos dois lados. Hoje mesmo nós enfrentamos o Internacional, que havia sido o meu último time no Brasil", observou o alvinegro Tite. As informações são do Grupo Abril.
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