terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Supervisor revela mala preta a árbitro para beneficiar o Cruzeiro

Foto: DivulgaçãoO supervisor de futebol do Cruzeiro, Benecy Queiroz, confirmou que no futebol existe a famosa mala preta, citando uma tentativa de comprar um árbitro em Minas Gerais, em uma das cinco passagens do técnico Enio Andrade no clube.
Segundo Queiroz, a tentativa não foi bem sucedida, já que o árbitro não cumpriu com o combinado e não favoreceu o Cruzeiro na partida em que aconteceu a situação. O dirigente não citou contra qual time e em que ano o fato ocorreu.
- Só vou citar um caso específico, não falo o nome, aqui em Minas Gerais. O treinador era Ênio Andrade. E nós, através de indicação de uma pessoa, achamos que compramos um juiz. E o juiz falou: "olha, fique tranquilo que o time do adversário não sai do meio de campo". Então, nos 45 primeiros minutos, ele deu muita falta só no meio de campo. Então, falei com ele: "é, o negocio, acho que vai dar certo". Só que, por azar nosso, o adversário chutou uma bola do meio de campo, o goleiro, eu posso falar o nome, Vitor, no ângulo e gol. E o juiz, então, o que foi que ele fez? Continuou dando falta só no meio. Só no meio. Só no meio. E uma hora, antigamente podia entrar dentro de campo, eu falei: "Velho, eu paguei você, vê se você dá o pênalti". Ele falou assim: "manda o seu time lá para frente que eu dou o pênalti". Aí falei com o capitão: "olha, manda todo mundo para frente, temos que empatar o jogo". Aí foi para frente, toda bola ele dava falta contra o Cruzeiro. Eu cheguei à conclusão de que eu empreguei um dinheiro errado.
A situação ocorreu entre 1989 e a década de 1990. Entretanto, o goleiro Vitor, citado na declaração do dirigente, fez a última partida com a camisa da Raposa em 1984. Benecy disse que a situação ocorre, principalmente, com times de menor expressão, que aceitam dinheiro para vender partidas.
- São coisas difíceis de você responder. Efetivamente que existe a mala branca, existe a mala branca. Todos nós sabemos que times menores aceitam. Não digo que é suborno, tá? Porque se a gente partir do raciocínio que é suborno, os clubes não pagariam bicho, prêmios tão altos para ganhar.
O Cruzeiro disse que não irá se pronunciar sobre a entrevista concedida pelo supervisor de futebol do clube.

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