A candidata do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina, disse que é "inaceitável" a nova regra eleitoral que a exclui dos debates da TV por conta da quantidade de deputados federais de seu partido na Câmara dos Deputados. O PSOL tem seis representantes em Brasília e o PCB, que compõe sua coligação, nenhum.A coligação precisa ter no mínimo nove deputados para participar do debate. A emissora também pode fazer o convite, mas é preciso que os demais candidatos aceitem. Fernando Haddad (PT) e Celso Russomanno (PRB) aceitaram a participação de Erundina, mas Joao Doria (PSDB), Marta (PMDB) e Major Olímpio (SD), não.
Nesta quarta-feira (24), os ministros Dias Toffoli e Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram pela rejeição de pedidos feitos por diversos partidos políticos para derrubar as regras eleitorais aprovadas no ano passado que reduziram a participação de legendas menores nas propagandas eleitorais nos debates no rádio e na TV. O julgamento, iniciado nesta quarta, foi interrompido e será retomado nesta quinta.
"Estamos resistindo a isso por todos os meios. PSOL há muito tempo já moveu uma ação de inconstitucionalidade. Está sendo julgada pelo Supremo. Ontem foi a primeira discussão lá, mas ainda não se decidiu a respeito", afirmou a candidata.
Erundina pede que o Supremo Tribunal Federal pelo menos diminua os danos que a nova medida causou à sua campanha.
"Como é que o adversário pode decidir se você participa ou não? Claro que ele não tem interesse que eu participe".
"Se não conseguirmos no Supremo, vamos em cada debate que tiver, em cada emissora. Nós vamos estar lá com um grupo ainda maior de pessoas protestando e fazendo o debate com a população pela internet", declarou.
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