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Os integrantes do PC do B e Maia sempre mantiveram boas relações. A proximidade pode se transformar em aliança se o deputado do DEM suavizar a defesa da reforma trabalhista.
As duas partes têm conversado discretamente sobre isso. No PC do B, o maior entusiasta da articulação é o ex-ministro Aldo Rebelo.
Com o acirramento da crise e a radicalização do discurso do PT após a condenação do ex-presidente Lula, o PC do B passou a discutir com outras siglas da oposição, como PDT e parte do PSB, a formação de um bloco parlamentar partidário independente.
“Observo no movimento de dois partidos – PT e PSDB – um roteiro de isolamento. Acreditamos que deve haver um diálogo com o PDT e parte do PSB. Sobre Maia, só há espaço de diálogo se ele não tiver um discurso radical de direita”, diz o deputado Orlando Silva (PC do B-SP).
A deputada Luciana Santos (PC do B-PE), presidente nacional do partido, não descartou a aproximação.
“O PC do B se caracteriza por ser firme nos objetivos e flexível nas construções políticas que barrem o retrocesso no País”, afirma Luciana.
Em caráter reservado, integrantes do PC do B lembram que Maia apoiou Rebelo quando o ex-ministro se elegeu presidente da Câmara, em 2005. No ano passado, foram eles que apoiaram a candidatura vitoriosa do deputado do DEM. Em meados de maio, lideranças do PC do B, PDT, PSB e SD chegaram a articular a candidatura de Rebelo como vice de Maia em caso de eleição indireta.
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