quinta-feira, 31 de maio de 2012

Justiça decreta prisão preventiva de três PMs suspeitos de execução


A Justiça decretou, nesta quinta-feira (31), a prisão preventiva dos três policiais da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) suspeitos de executar um homem depois de um confronto na Penha, Zona Leste da capital, na noite de segunda-feira (28). A vítima teria sido executada no acostamento da Rodovia Ayrton Senna. Ainda nesta quinta, a Polícia Militar afirmou ter afastado seis integrantes da Rota que participaram da operação na qual seis suspeitos de participar de uma quadrilha foram mortos.
Os policiais militares cujas prisões preventivas foram decretadas pela Justiça já estavam presos desde terça-feira (29). A primeira prova do crime veio de uma câmera usada na fiscalização da estrada. As imagens, que já estão com a polícia, mostram um carro da Rota parado no local onde teria ocorrido a execução. A equipe de reportagem do SPTV teve acesso aos depoimentos dos policiais militares suspeitos e da principal testemunha do caso.
O trecho da estrada fica em frente a uma área residencial. Uma testemunha ligou para o 190 da PM e descreveu o que viu. Depois, repetiu as informações em depoimento. De acordo com informações do SPTV, a testemunha disse que policiais militares estariam agredindo uma pessoa e, após jogá-la no chão, efetuaram disparos de arma de fogo contra o suspeito. Após alvejar a vítima, os policiais militares teriam colocado essa pessoa no carro e deixado o local.

O outro soldado disse à policia que, depois da queda, o suspeito foi recolocado no carro e levado para ser socorrido. Mas, segundo a investigação, a parada dos policiais pode não ter sido tão rápida. O carro dos PMs suspeitos, que voltou ao local do confronto, ficou no acostamento da estrada por 12 minutos.
Um dos policiais presos tentou explicar, em depoimento, por que parou o carro no acostamento da rodovia. Ele disse que teve câimbras e precisava se exercitar. Naquele momento, segundo o policial, o preso caiu do carro. A versão está no depoimento de um dos soldados. Ele disse que verificava os sinais vitais do suspeito que estava ferido dentro do porta-malas quando sentiu câimbras nas pernas e pediu que parassem o carro.
A Corregedoria investiga também se policiais que estavam em outro carro e passaram pelo veículo parado na estrada se omitiram. Os três policiais da Rota - um sargento e dois soldados - já estão no Presídio Romão Gomes. Na noite desta quinta-feira a Justiça decretou sigilo nas investigações. As informações são do G1.

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