sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Serra diz que adversários usam mentiras na campanha

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, disse nesta sexta-feira (31) que seus adversários estão usando mentiras na campanha eleitoral. Entre as supostas inverdades apontadas pelo candidato estão as declarações de Fernando Haddad (PT) sobre um usuário do serviço de saúde.
O paciente apareceu em vídeo da campanha de Haddad dizendo que estava na fila para uma cirurgia de catarata. Posteriormente, a prefeitura divulgou que o usuário tinha outra doença, o que levou a campanha petista a dizer que houve quebra de sigilo do paciente. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Serra disse que o PT “montou uma mentira”.
— O PT montou uma mentira e foi pego com a boca na botija, foi só isso. Uma mentira escancarada, vergonhosa. Só isso. Depois disseram que a prefeitura quebrou o sigilo. Ele não tinha catarata, ficou acusando a prefeitura. E querem pôr a culpa na prefeitura.
Serra se mostrou chateado com os jornalistas ao ser questionado pelos jornalistas se não houve quebra de sigilo.
— É primeira vez na história que vejo um jornal ficar do lado dos transgressores. Vocês pisaram no tomate.
O candidato rebateu também uma suposta declaração de Celso Russomanno (PRB), de que ele teve a ideia de criar a operação delegada. Para Serra, isso já havia acontecido.
— É mentira. A operação delegada foi feita em 2009. Ele disse que fez algo depois que já tinha sido criado. Tem toneladas dessas coisas na campanha. Outra coisa que andaram falando, que precisa integrar a Guarda com a PM. Isso já existe. A integração eu fui outro dia, está funcionamento muito bem.
Serra afirmou também que “tem candidato falando que não tem vaga nas escolas. É mentira descarada”. O candidato aproveitou este momento para criticar a gestão de Marta na educação.
— O PT fez o turno da fome. E escolas de lata. Acabamos, aumentamos o número da hora de aulas. (...) Eu quando era prefeito e governador íamos dar aula nas escolas. E vi no caso do município como a coisa era solta. Professores que davam história do Brasil se queriam dar aula da história da Birmânia poderiam dar.
Serra disse, ainda, que a proposta de bilhete único mensal, de Haddad, “parece mais jogada eleitoral do que algo que tenha a ver com questões fundamentais do sistema de transporte”.
Pesquisa e rejeição
Serra disse que não iria comentar a pesquisa que o aponta em queda e já empatado tecnicamente com Haddad, mas reafirmou que acredita que irá ao segundo turno e rebateu o fato de ser o candidato com maior rejeição.
— Grande adversário só se sabe a posteriori. Estou curioso de chegar ao segundo turno. Não há rejeição nos aspectos morais e na capacidade de fazer as coisas. Tem 1/3 do eleitorado mais inclinado a PT. Se olhar as últimas pesquisas cresceu rejeição a todo mundo. É natural porque eu sou de longe o candidato mais conhecido.
Saída da prefeitura
Sobre o fato de ter deixado a prefeitura para se candidatar a governador, em 2006, mesmo após assinar um documento afirmando que cumpriria os quatro anos, o candidato explicou que queria ser um “segundo prefeito da cidade”.
— Do jeito que estava o quadro eleitoral era possível que PT levasse, e isso não podia acontecer. Eu queria ser o segundo prefeito. Foi o que aconteceu. No 1º turno tive mais votos para governador do que tive na época de prefeito. População deu licença. Tenho dito que sou candidato para valer, quadro hoje é outro. Estou sendo eleito para ficar, não vou de novo para presidente porque já fui duas vezes.
Controlar
Serra defendeu a manutenção da taxa da inspeção veicular cobrada pela Controlar, empresa que realiza as vistorias.
— A inspeção custa. Quem vai pagar? Se for a prefeitura paga quem tem carro e quem não tem, porque dinheiro da prefeitura não nasce em árvore. Se alguém tem que pagar é quem tem o automóvel.
r7

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