domingo, 29 de janeiro de 2017

Eike embarca em NY de volta ao Rio

O empresário Eike Batista, considerado foragido após ter viajado a Nova York dias antes da operação policial para tentar prendê-lo, embarcou de volta ao Rio neste domingo (29), onde deve ser detido assim que chegar. Antes do embarque, ele disse que 'está à disposição da Justiça'.

(Foto: Luigi Sofio)

Eike chegou nos EUA, por volta de 21h50 (horário de Brasília), fez check-in e, minutos depois, passou pelo controle de passaporte. Às 22h15, já aguardava o voo dentro da sala de embarque e pouco depois da meia-noite foi rumo a aeronave.

O empresário deve chegar ao Rio às 10h30 desta segunda-feira (30).

Dentro da área de embarque, Eike Batista deu uma breve entrevista.

Questionado se tem algo a dizer aos brasileiros, declarou: 

"Estou voltando para responder à Justiça, como é meu dever". "Está na hora de eu mostrar, ajudar a passar as coisas a limpo", disse.

O empresário negou que tenha cogitado fugir para a Alemanha (por conta de também ter cidadania alemã, o que evitaria uma deportação ao Brasil) e disse que viajou a Nova York a trabalho.

Sobre sua expectativa na chegada ao Brasil, afirmou: "Estou à disposição da Justiça".

E questionado se tem a expectativa de delatar alguém, negou. "Não. Estou me entregando."

Eike será levado para um presídio comum por não ter ensino superior. Os advogados do empresário tentaram negociar a ida dele para um presídio especial mas não tiveram êxito.

Eike Batista é acusado, pelo Ministério Público Federal, de corrupção ativa. Segundo os procuradores,  em 2011, o empresário pagou R$ 16 milhões e meio de dólares ao ex-governador do Rio de Janeiro,  Sérgio Cabral, o equivalente a 52 milhões de reais.

Como Eike tem passaporte alemão e o país europeu não tem acordo de extradição com o Brasil, havia a preocupação de que o empresário fugisse da Justiça brasileira.

Os investigadores afirmam que o pagamento feito a Cabral por Eike se deu pela "boa vontade" do então governador do Rio com os negócios do empresário. Mas ainda não sabem, ao certo, que vantagens o empresário recebeu em troca dos milhões.

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