sábado, 29 de abril de 2017

Blog entrevista o jornalista Chico Garcia, da TV Band; confira

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Foto: Divulgação

O "Leandro Leite Entrevista dessa semana é com o jornalista Chico Garcia, da TV Band. Ele ficou conhecido nos debates do programa esportivo "Jogo Aberto" do RS. Depois se mudou para São Paulo e virou comentarista fixo da atração comandado pela competente Renata Fã. 

Na nossa conversa, ele falou sobre infância, início de carreira, arbitragem, imprensa gaúcha, entre outros assuntos.

Confira na entrevista abaixo:

1 - Gostaria que você falasse de sua infância no Rio Grande do Sul. Você veio de uma origem humilde?

Meus pais sim. Eu fui muito privilegiado. Nunca tivemos posses demais ou ostentamos, mas nunca me faltou nada. Pais presentes, preocupados com minha educação e alimentação acima de tudo. Na adolescência e início da fase adulta passamos algumas dificuldades, tive que sair pra trabalhar com 17 anos, pagar minha faculdade, mas nada diferente do que muita gente passa.

2 - Seu nome é Francisco Garcia, porém, te chamam de Chico Garcia. Quem colocou o apelido de "Chico"? Foi sua família, amigos ou colegas da imprensa?

Sou Chico desde criança e naturalmente todo mundo me chama assim. Quando comecei na imprensa usava o Francisco, mas era muito grande, formal, até que aos poucos o Chico foi sendo mais utilizado. A mudança aconteceu quando fui trabalhar na Band RS, em 2010. Até então usávamos mais o Francisco pra assinar. Ai O Chico pegou.

3 - Quando surgiu o desejo de ser jornalista?

Foi tarde, eu já havia feito vários vestibulares pra Direito mas não passava em nenhum. Aí um amigo me falou que a comunicação tinha mais a ver comigo. Só a partir dali que comecei a me interessar pela profissão e construir uma carreira. Já tinha 19 anos.

4 - Como foi seu Inicio de carreira? Você começou no rádio ou já foi direto para a televisão?

Passei 10 anos fazendo apenas radio. Comecei numa rádio da LBV de Porto Alegre que tinha uma programação esportiva, em 2001. Ganhava apenas o vale-transporte pra ir trabalhar, mas fazia reportagens, cobria jogos, fui até comentarista. Foi onde aprendi a fazer jornalismo esportivo. A televisão só foi aparecer na Band RS em 2011.

5 - Muitos torcedores de clubes que não são de São Paulo e Rio de Janeiro, sempre citam o "Eixo RJ-SP", reclamando que a imprensa dá mais valor para clubes de RJ e SP. Você que veio do Sul, concorda com essa reclamação?

Concordo, a audiência é medida em São Paulo. Por mais que você precise acompanhar os outros clubes e tenha audiência no país inteiro, o mercado patrocina os programas pelos números do Ibope e o índice que vale é o de São Paulo. Naturalmente a cobertura se intensifica mais em SP. 

6 - Você ficou muito conhecido no Jogo Aberto no RS, participando dos debates do programa em São Paulo. Depois você foi convidado para integrar a equipe da Band de SP. Como surgiu o convite?

Já havia uma proximidade com visitas minhas, participações esporádicas em São Paulo, Copa do Mundo e em outras datas. Fomos criando uma relação de time unido mesmo. No final de 2015 abriu uma vaga na reportagem e eles me chamaram, com a ideia de eu fazer estúdio também e desempenhar o mesmo papel que fazia no sul porém agora em São Paulo. Topei na hora.

7 - Como foi a mudança para São Paulo? Você teve algum problema como adaptação? 

Nenhum, cidade grande, tudo funciona, até o trânsito que é complicado foi fácil de entender. Dificuldades fazem parte, mas tô muito feliz. Eu vim apenas com roupas, fiquei 10 dias na casa de um amigo até encontrar um apartamento e depois me mudei. 

8 - Na sua opinião, tem alguma diferença entre o povo paulista e o povo gaúcho?

O Paulista é mais misturado com pessoas de diversas partes do país, mas o Paulistano mesmo é muito receptivo. Não tenho reclamações, sabem receber as pessoas de fora, são muito focados, trabalhadores e gentis. Acho um povo muito gentil, nós gaúchos ainda somos mais fechados, conservadores. Paulista tem a cabeça mais aberta.

9 - Gostaria que você comentasse sobre a Renata Fã, que nesse ano completou dez anos à frente do "Jogo Aberto", marca que poucos conseguiram.

A Renata é fora de série. Como profissional e como pessoa. Ela não está todo esse tempo à frente de um programa de esportes diário na TV aberta por acaso. Trabalha muito, assiste todos os jogos, cobra da equipe e entende mais que todos. Além de tudo é leal, defende seus colegas e valoriza cada um de nós. Uma profissional exemplar e uma amiga que fiz na profissão.

10 - A imprensa paulista é diferente da imprensa gaúcha, ou não tem essa história e todos são iguais? Estou perguntando da imprensa no modo geral, não só a esportiva.

Tem algumas diferenças mais específicas na condução de programas, estrutura de transmissões, mas entre profissionais e conduta de trabalho se assemelham muito. Não à toa gaúchos que vem trabalhar em São Paulo não enfrentam muitas dificuldades. Somos exigentes, detalhistas. Duas escolas bem parecidas.

11 - Chico, você é Analista de arbitragem. Você já apitou algum jogo profissionalmente?

Não, fiz o curso exatamente para incrementar a teoria ao meu trabalho de analisar futebol.

12 - Você concorda que a arbitragem tem que ser profissionalizada, para diminuir o número de erros que nos últimos anos vem sendo grotesca?

Urgente! Não existe a arbitragem não ser profissionalizada no milionário futebol atual. Os árbitros precisam de estrutura pra apitar jogos com milhões assistindo, campeonatos em que muita coisa está envolvida. 

13 - No Mundial de Clubes no ano passado foi testado o arbitro de vídeo, e pelo incrível que pareça, os erros foram ainda piores.Você é a favor de arbitro de vídeo no futebol?

Sou a favor, mas é preciso ajustar e os testes existem pra isso. Acredito que nesse mundial o árbitro solicitou em um lance desnecessário. Mas pra isso são feitos os testes. Temos que encontrar uma dinâmica que não atrapalhe o andamento do jogo é seja eficaz para diminuir os erros. Alguns lances nem o vídeo vai resolver, mas outros com certeza. 

14 - Caso Bruno. Você é a favor ou contra ele voltar a jogar? Você concorda que parte da imprensa tratou ele como "herói", já que era Bruno 24h por dia?

Sou totalmente contra e não vi esse tratamento de herói. A cobertura de justifica exatamente porque o fato revolta. É notícia, precisa acompanhar, registrar, além do mais o fato dele voltar a jogar é pitoresco. Acho um absurdo e já manifestei minha posição que é um pouco radical a respeito. Quem comete crimes hediondos não merece uma segunda chance.

15 - Você tem um site onde você escreve crônicas. Qual é a sua favorita?

Eu tenho apreço pela crônica "Mulheres de Moletom", pelo alcance que ela tomou. O vídeo dela foi visto por mais de 5 milhões de pessoas no facebook e será o título do meu livro.

16 - Chico Garcia, o Blog do Leandro Leite agradece por você ter aceitado participar da nossa entrevista online. Muito Obrigado.

Muito obrigado, foi um prazer. 



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