O segundo semestre do Corinthians foi muito abaixo do esperado por dirigentes, jogadores e comissão técnica. Ainda em má fase no Campeonato Brasileiro, o time tenta se reconstruir pelo setor que se acostumou a ser o mais eficiente nas últimas temporadas. Após um período de baixa, a defesa alvinegra voltou a funcionar e sofreu apenas dois gols nos últimos oito jogos – sete pelo Campeonato Brasileiro e um pela Copa do Brasil.
Desde a desastrosa goleada por 4 a 0 para a Portuguesa, no fim de setembro, o setor voltou a apresentar bom desempenho. Levou um gol contra o Grêmio, em derrota por 1 a 0 pelo Brasileirão, e outro contra o Santos, no empate por 1 a 1 do último domingo, em Araraquara. Muito disso passa pelo bom rendimento da dupla formada por Paulo André e Gil – ambos retomaram o ritmo do início do ano.
No total, são 19 gols sofridos em 31 partidas no Brasileiro. Neste ano, o time já teve a melhor defesa do Campeonato Paulista, com 18 gols tomados em 23 jogos. Na Libertadores do ano passado, a performance foi ainda mais impressionante: quatro gols em 14 duelos.
Com tantos números a favor, o zagueiro Paulo André até reconhece a má fase geral da equipe, mas avisa que a defesa corintiana é, hoje, a mais eficiente do país.
– Na minha opinião, esse sistema defensivo é o melhor do Brasil há muito tempo – afirmou.
As justificativas para o sucesso no setor são variadas. Paulo André prefere dividir os méritos com o ataque e com Tite, que costuma pedir aos seus 11 jogadores que ajudem a compor a marcação de alguma forma, mesmo que seja apenas para atrapalhar a saída de bola do adversário.
– Jogador não ganha jogo sozinho, e não há sistema defensivo que resolva alguma coisa sozinho. São 11 jogadores que se movimentam o tempo todo, e o sistema de marcação começa no ataque. Tivemos a defesa menos vazada em quase todas as competições, e isso sacrifica Emerson, Romarinho, Guerrero quando joga... Tem Ralf, Alessandro, Edenílson. Se não fosse por eles, certamente eu e Gil não faríamos um trabalho bem feito – explicou o defensor.
O desafio de Tite é tentar levar equilíbrio semelhante ao ataque, que continua sofrendo com a falta de criação e de gols. O setor é o segundo pior do Brasileiro, com 24 gols marcados em 31 jogos – só o lanterna Náutico, com 20, é pior. As informações são do Globo Esporte.
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