Os moradores da Zona Oeste do Rio reclamam constantemente das condições dos ônibus que circulam na região. Os passageiros contaram que devido ao estado dos veículos precisam recorrer às vans, mas a opção também não é boa.
A única informação que uma kombi flagrada oferecia aos passageiros da Avenida Brasil era o número 739. O veículo branco sem nenhuma identificação rodava tranquilamente pela via e ainda parava no ponto de ônibus.
Os passageiros seguiam viagem em pé, espremidos ao lado da porta. A prática é tão proibida quanto comum. Em outro veiculo, que faz a linha Santa Cruz-Castelo, pelos menos quatro pessoas têm que se equilibrar e segurar firme para permanecer em pé. “Van? Um inferno menino! Não vou. Mas andam sempre lotadas”, disse a aposentada Vera Valente.
Em busca de passageiros, os cobradores se arriscam. A falta de noção do perigo é tanta que outro cobrador ficou com metade do corpo pra fora do carro. Para completar a lista de irregularidades, uma van parou no meio da Avenida Brasil. O cobrador saltou e esperou os passageiros..Quem já viaja desta maneira, conhece os riscos, mas encara o perigo pra chegar mais rápido ao destino. “Às vezes, os ônibus demoram e facilita a vida da gente. Só a gente sabe o que passa aqui esperando ônibus”.
Pela lei municipal, as vans só podem parar para pegar passageiros 50 metros antes ou depois dos pontos de ônibus.
“Na verdade a gente para em qualquer lugar. Foi determinado que a gente poderia parar 50 metros antes do ponto ou após o ponto. Mas iIsso não funciona. Se a gente parar 50 metros antes ou depois a gente é multado”, contou um motorista de van.
“Tem que organizar, né? Botavam um ponto pra van e um ponto pra ônibus. Acabava com essa guerra entre eles”, recomendou o porteiro Paulo Roberto Gonçalves.
Conta tanta confusão no trânsito, mais uma vez quem sofre são os passageiros que chegam até a perder o ônibus. “A van estava parada aqui e a gente tem que ficar a pé”, contou o porteiro Paulo Roberto Gonçalves.
g1
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