sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Tubulações da Cedae são atingidas e pode faltar água em Ipanema

Duas tubulações da Cedae foram atingidas por obras da Linha 4 do metrô, nesta sexta-feira (1º). O caso mais grave aconteceu na Rua Barão da Torre, em Ipanema, Zona Sul do Rio, onde uma tubulação de 200 milímetros de diâmetro se rompeu. Segundo a Cedae, o problema pode afetar o abastecimento de água no bairro. O ponto é responsável por fornecer água a quase metade dos imóveis de Ipanema.
A segunda tubulação, de 155 milímetros de diâmetro, se rompeu no Jardim de Alah, no Leblon, também na Zona Sul. Técnicos da Cedae foram acionados e conseguiram remanejar o abastecimento de água. Segundo a companhia, não há risco de faltar água no bairro.
Segundo a Cedae, ao todo oito tubulações já se romperam desde a manutenção preventiva da estação de tratamento do Rio Guandu, na quinta-feira (24). O fornecimento de água ficou prejudicado em várias regiões do Rio. Segundo a companhia, na quinta-feira (31) não havia mais registros de problemas de abastecimento devido ao problema na estação de Guandu.
A Cedae chegou a descredenciar oito empresas de caminhões-pipa que praticavam aumento abusivo de preço pelo serviço de distribuição de água no Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor (Seprocon), todas as empresas emitiram notas fiscais com preços muito acima de mercado para uma pipa d'água.
De acordo com a secretaria, o descredenciamento ocorreu após autuação ou ato sancionatório feito pelo Procon-RJ. O órgão divulgou o nome das oito empresas descredenciadas: a Água Salim Transporte, Águas Boas e Dudu Água por fiscalização do Procon; e a Celular Pipa D'água, Jeferson e Celso Transporte de Água Potável, Malta Transporte de Água, Águas Siqueira e Grupo Tavares por ato sancionatório, quando a denúncia parte dos consumidores.
Segundo o Seprocon, a equipe de fiscalização encontrou notas na empresa Dudu Água, sediada em São Gonçalo, que comprovam a venda de pipa d'água com capacidade para 10 mil litros por R$ 1.000 exatamente no período de falta de água na cidade do Rio em decorrência de manutenção da Estação de Tratamento do Guandu. De acordo com o órgão, a média de preços praticada pelo mercado antes do desabastecimento girava em torno de R$ 500 e R$ 600.
Tubulações da Cedae se rompem no Leblon e na Praça da Bandeira, no Rio (Foto: Domingos Peixoto / Agência o Globo)Tubulação da Cedae se romperam na Praça da Bandeira, no Rio (Foto: Domingos Peixoto / Agência o Globo)
Polícia Civil também investiga
A Polícia Civil também abriu um inquérito sobre a cobrança abusiva por algumas empresas de caminhões-pipa, após a falta d´água em domicílios no Rio de Janeiro. De acordo com a corporação, as delegacias Fazendária (DELFAZ), do Consumidor (DECON) e de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) vão instaurar inquéritos para apurar crimes tributários e contra a economia popular. Ainda segundo a polícia, será solicitada à Cedae a relação dos caminhões que foram abastecidos na concessionária, e seus responsáveis serão ouvidos.
Rio sem água
De acordo com a Cedae, o vazamento de uma tubulação de água na região do Maracanã, na Zona Norte, no sábado (26), prejudicou o abastecimento em algumas ruas, mas, segundo moradores, as torneiras estavam vazias desde o dia 24, quando houve manutenção na estação de tratamento do Rio Guandu. Nesta quinta, a Cedae afirmou que não há mais bairros afetados pelo problema e que a falta de abastecimento ocorre de forma pontual, por motivos específicos.
Os moradores que ainda tiverem com problema de falta d'água devem entrar em contato com a concessionária pelo telefone 0800 2821195. A subadutora atende ainda bairros como Leme, Urca, Flamengo e Botafogo, Zona Sul, Tijuca, Vila Isabel, Rio Comprido, Zona Norte e Santa Teresa, no Centro.
g1

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