A operação aconteceu após a suspensão da SPTrans, CPTM e Metrô à recarga do cartão anônimo de Bilhete Único, que não dispõe de dados do passageiro. A medida buscava evitar a venda clandestina de créditos.
A dupla detida tinha fornecedores de créditos e enganava usuários do sistema público de transporte com faixas e banners que simulavam um posto credenciado de recarga. Um dos detidos, recarregava bilhetes na porta de um bar. Outro, na porta de uma lanchonete. Ambos usavam um computador e um leitor magnético para transferir créditos.
"Agora, o nosso próximo passo é identificar quem fez esse programa. A perícia tem condições de descobrir isso, nós contamos também com o auxílio da SPTrans e da Polícia Científica", disse o supervisor do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), da Polícia Civil, Mário Palumbo Júnior.
Para enganar os passageiros que recarregavam os bilhetes nos postos falsos, os vendedores clandestinos ainda entregavam recibos forjados, impressos em papel normal. O recibo verdadeiro é impresso em papel timbrado e apresenta código eletrônico.
Os pontos ilegais serviam também para recarregar bilhetes de outros vendedores, que atuam nas portas das estações. Nas estações Caieiras e Lapa, da CPTM, homens emprestam seus cartões por R$ 3, para que passageiros ingressem na linha. Em Perus, um home oferece um bilhete cheio pela metade do preço: R$ 300 em créditos saem por R$ 150.
Além de ilegal, a recarga irregular também não garante sucesso na hora de embarcar. Em muitos casos, passageiros ficaram parados na catraca, sem conseguir viajar. "Coloquei R$ 22, aí passei na catraca. Coloquei na maquininha para ver o saldo, falou que foi removido antes de carregar o bilhete", contou uma usuária da CPTM.
Os dois detidos vão responder por furto mediante fraude.
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