terça-feira, 16 de junho de 2020

Bolsonaro busca alternativas para demitir Weintraub

Em férias, ministro da Educação bate-boca com manifestantes no Pará
Foto: Geraldo Magela - Agência Senado
Bolsonaro não conseguiu esconder a insatisfação com Abraham Weintraub, e reiterado às ofensas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o presidente, o ministro da Educação criou mais um problema ao governo.

Em meio aos insistentes rumores de que Weintraub será demitido, Bolsonaro admitiu que busca uma maneira de contornar a situação, de forma que não deixe o governo pela porta dos fundos –– o que criaria um problema sério com a ala olavista e com os filhos 02 (o vereador Carlos) e 03 (o deputado Eduardo), ferrenhos defensores da atuação ideológica do titular da Educação.
“Ele não foi muito prudente em participar dessa manifestação, apesar de nada de grave ele ter falado ali. Mas não foi um bom recado, porque ele não estava representando o governo. Ele estava representando a si próprio. Então, como tudo que acontece cai no meu colo, mais um problema nós estamos tentando solucionar: o senhor Abraham Weintraub”, afirmou o presidente.

Há uma pressão para que Bolsonaro demita Weintraub, com o intuito de manter de pé as frágeis pontes que ainda ligam o Palácio do Planalto ao STF e ao Congresso.

Segundo interlocutores, a saída do ministro é vista com um aceno de Bolsonaro para amenizar o conflito entre os Poderes e mostrar que o presidente não endossa os ataques à Corte.

No fim de semana, Weintraub voltou a classificar os ministros do Supremo como “vagabundos que deveriam estar presos”. 

O STF espera que o ministro seja exonerado em breve. Weintraub é considerado como um ministro que não está à altura do cargo que ocupa.

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