O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a defender a manutenção do auxílio emergencial em R$ 600 por pelo menos mais dois meses.
A prorrogação do benefício também é apoiada pelo governo, mas com um valor menor.
“O que eu sinto, que grande parte dos deputados [sente] em relação à importância de se renovar por pelo menos dois meses, a gente sabe que tem um custo. Mas custo maior é não renovar”, disse o deputado.
“A gente sempre faz a pergunta de quanto custa renovar. A gente tem que fazer outra pergunta: quanto custa não renovar para milhões de brasileiros que, da noite para o dia, ficaram sem renda e continuarão sem renda nos próximos meses? Esse é o desafio: escolher prioridades. Será essa uma prioridade? Acho que sim.”
Maia já havia defendido a prorrogação do auxílio no valor de R$ 600 em uma rede social no último sábado.
“Tenho certeza de que minha posição é acompanhada pela maioria dos deputados. Manter esta ajuda é premente. O governo não pode esperar mais para prorrogar o auxílio. A ajuda é urgente e é agora”, escreveu.
Bolsonaro (sem partido) afirmou que o Executivo vai negociar com a Câmara e com o Senado um novo valor para a quarta e quinta parcelas do auxílio emergencial. Ele afirmou, porém, que a manutenção da ajuda no valor atual de R$ 600 não será possível.
“A União não aguenta outro desse mesmo montante que por mês nos custa cerca de R$ 50 bilhões. Se o país se endividar demais, vamos ter problema”, disse o presidente.
“Vai ser negociado com a Câmara, presidente da Câmara, presidente do Senado, um valor um pouco mais baixo e prorrogar por mais dois meses talvez a gente suporte, mas não o valor cheio de R$ 600”, afirmou.
O presidente também chegou a dizer que vetaria uma ajuda que mantivesse o atual valor.
“Na Câmara, por exemplo, vamos supor que chegue uma proposta de duas [parcelas extras] de R$ 300. Se a Câmara quiser passar para R$ 400, R$ 500, ou voltar para R$ 600, qual vai ser a decisão minha? Para que o Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida cada vez mais impagável. É o veto”, afirmou.
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